sábado, abril 17, 2010

O vento em seu Eu.

Quando o dia começa, o vento já correu várias por todos os lugares do mundo. Seja onde o sol estiver iluminando, seja onde ela já iluminou. O vento corre consigo mesmo, brincando de perseguir o ultimo rastro invisível que deixou. Assim é o vento, sem muito tempo pra contar.
Fazer algumas disputas com seus irmãos é parte da rotina do vento. Quando ele agita a água, desfazendo aquele belo espelho calmo e plácido que se forma em sua superfície, ou quando ele joga pra cima a coleção imensa de pequenas partículas de seu irmão chão. Suspender as brasas e fagulhas do irmão fogo nem sempre é possível, mas sempre é belo o espetáculo.
Assim segue o vento, atemporal, eterno, desbravando as mais profundas galerias subterrâneas, as quais ele atravessa com muita discrição e silêncio, afinal não é ele quem deve despertar os inúmeros segredos que a Terra guarda em suas profundezas. Nas alturas intransponíveis o vento se mostra soberano e genioso, sempre testando todos os que ousam passar em seus domínios. O vento é gentil, amável, quase uma criança brincalhona, mas também é severo e criterioso, não tolerando fracos e covardes em seu reino, voar é para os fortes de corpo, mente e alma. a gravidade é uma afronta ao vento, mas ela é um acordo entre ele e a terra, criada para servir como ordalio para aqueles que desejam tornar-se cortesãos do vento em sua corte.
As guerras do vento são intensas e podem gerar muitos mortos e feridos. Tempestades, tornados e furacões são suas forças de ataque mais letais. As ventanias são leves demonstrações de seu poder e a borrasca é seu repudio para aqueles que entram em seus domínios sem sua autorização.
Soberano é o vento, sábio e gentil, poderoso e imprevisível. Sua mensagem é unica para cada uma das pessoas do mundo, é especial para os que passeiam pelo seu reino, mas é invisível aos olhos dos desprovidos de força de vontade e inaudivel para aqueles que não se permitem ser livres.
Cabe a cada pessoa encontrar seu vento e ganhar os céus. Sua mensagem é clara, basta entende-la.

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